Compartilhar boas práticas para oferecê-las à atividade operacional. Este foi o objetivo da reunião entre os comandantes da 1ª e 11ª Regiões de Polícia Militar (RPM), coronéis João Mário Martins e Sandro Áureo Cardoso, os quais respondem pelo policiamento na Capital e região metropolitana, respectivamente. A pauta da reunião - que também contou com as presenças dos comandantes do 7º, 16º e 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e a Guarnição Especial de Santo Amaro da Imperatriz - foi apresentar o sistema Rede Catarina, aplicativo utilizado pelos policiais militares que atuam no programa.
Na Capital, a grande demanda de visitas e rondas preventivas e de fiscalização de medidas protetivas às vítimas exigiu a estruturação de um fluxo de trabalho que permitisse maior agilidade na comunicação entre a Polícia Militar, Poder Judicário e Ministério Público estadual. A solução foi desenvolvida pelo soldado Rafael Hernandes Lessa, que participa da Rede Catarina na área do 21º Batalhão (Norte da Ilha). Ele desenvolveu um sistema online com uma série de recursos que agilizam e dinamizam as rotinas das tarefas executadas.
“Buscamos resolver algumas dificuldades encontradas, como a morosidade na busca de informações nos processos, e no levantamento de informações das vítimas, além do uso excessivo de papel e a falta de um ambiente adequado para armazenar documentos”, disse o soldado Lessa, ao apresentar o Sistema Rede Catarina, que já funciona nos Batalhões da Capital (4º, 21º e 22ºBPM), e em São Miguel do Oeste, Palhoça e Biguaçu (11º, 16º e 24ºBPM, respectivamente).
Para o comandante da 1ª RPM, coronel João Mário Martins, o sistema potencializa a produtividade operacional e, por isso, deve ser expandido. “É prático, leve e funcional; desonera o P-3 (seção operacional) dos Batalhões, agiliza a comunicação com o Ministério Público e integra todos personagens envolvidos com as MPU”, assinalou o coronel Mário. Do encontro ficou acordado a expansão do aplicativo para emprego pelos policiais militares da Rede Catarina que atuam nas unidades subordinadas a 11ªRPM.
REDE CATARINA - Lançado em 8 de junho de 2017, a Rede Catarina de Proteção à Mulher é um programa da Polícia Militar no combate e prevenção à violência doméstica, especialmente contra as mulheres. Desde então, a Corporação tem ampliado ações norteadas por três eixos: ações de proteção, policiamento direcionado ao problema e solução tecnológica. Uma das estratégias é destinar policiais militares para atuar exclusivamente no atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. É a chamada “Patrulha Maria da Penha”, existente, inicialmente, nas cidades com mais de 100 mil habitantes.
Desde outubro de 2018, quando o aplicativo passou a ser utilizado, mais de 5 mil visitas foram realizadas pela Polícia Militar para cerca de 1,5 mil vítimas de violência doméstica.