A Polícia Militar de Santa Catarina deflagrou no início desta quinta-feira, 13, às 14h, a segunda edição da Operação Varejo. O foco das ações foi coibir os principais pontos de comercialização ilegal de cigarros, apreender armas, entorpecentes e outros materiais de origem ilícita. A operação encerrou nesta sexta-feira, 14.
Ao todo, 693 pontos foram fiscalizados pelas guarnições, resultando na apreensão de 16.202 carteiras de cigarros, que equivalem a aproximadamente R$ 97.212,00, resultando em quase R$ 25 mil em valores tributados fraudados. Destaque também para a apreensão de cinco armas de fogo, além de apreensão de máquinas caça-níquel, de “jogo do bixo” e animais silvestres. O efetivo empregado foi de 1.292 policiais em todos as cidades do Estado. Vinte pessoas foram presas.
Santa Catarina vem contabilizado consequentes prejuízos com cigarros contrabandeados. Segundo levantamentos da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina, o Estado deixa de arrecadar mensalmente cerca de R$ 7 milhões, que perfazem o montante anual de R$ 84 milhões. O cálculo é feito em cima do valor de impostos que não são pagos, a partir da venda destes produtos ilegais.
A maior causa ainda desta alta cifra se materializa nas cargas ilegais, que conseguem chegar aos seus destinos e, posteriormente, são comercializadas nos pequenos estabelecimentos. Em Santa Catarina, estima-se que 48% dos cigarros que circulam são clandestinos.
Apesar da repressão contínua, o mercado ilegal de cigarros no Brasil continua a se expandir, impulsionado principalmente pela significativa diferença de preço entre os produtos. De acordo com levantamentos, 50% dos produtos são contrabandeados do Paraguai, e ainda, 5% são produzidos clandestinamente no Brasil.