A Polícia Militar de Santa Catarina, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Regional de Lages, participou da operação “Bonifrates”, que foi deflagrada na quarta-feira, 1º, de dezembro.
A investigação teve como objetivo apurar delitos de fraude à execução, associação criminosa, falsidade ideológica, lavagem ou ocultação de bens e crime contra a ordem tributária. Sendo que, durante a operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Santa Cecília e Rio do Sul, dos quais dois investigados acabaram sendo presos em flagrante delito por posse ilegal de arma de fogo e munições.
O nome da operação deve-se ao fato de que os investigados teriam se valido de outras pessoas para ocultar bens e valores e se eximirem dos cumprimentos de sentença decorrentes de condenações em ações de improbidade administrativa, que, atualmente, com as devidas atualizações, ultrapassam R$ 1 milhão. Parte dos cumprimentos das sentenças que condenaram o principal investigado por atos de improbidade administrativa já tramitam há mais de 10 anos, inclusive, em diversas delas com o reconhecimento de fraude à execução em 22 dos 26 cumprimentos de sentença existentes na comarca.
Ainda no curso das diligências, com o apoio da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), foram identificadas em duas propriedades rurais, atreladas ao principal investigado, 434 cabeças de bovinos que restaram interditados/restrição de movimentação no Sistema de Gerenciamento de Defesa Agropecuária Catarinense, por determinação do Poder Judiciário.
Guarnições da Polícia Militar Ambiental também participaram das diligências e constataram a possível implicação de crimes ambientais em uma das propriedades rurais, relacionados a atividades potencialmente poluidoras (desvio de curso d’água), situação que está sendo avaliada por meio de georreferenciamento, podendo resultar na responsabilização penal e administrativa dos infratores.