Na manhã de terça-feira, 18, foi deflagrada a Operação Facção Litoral, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa em Santa Catarina voltada à prática dos crimes de tráfico de drogas e armas de fogo e lavagem de dinheiro. Os trabalhos foram executados pela Polícia Federal e Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC).
A operação ocorreu de forma simultânea em Florianópolis, Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Camboriú, Navegantes, Balneário Piçarras, Penha, Florianópolis, todas no Litoral, e em Apiúna, no Médio Vale do Itajaí.
Foram empregados mais de 150 policiais, para cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão, além de 15 mandados de prisão. A Polícia Federal foi quem conduziu a Operação, contando com o apoio da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina.
Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos 12 mandados de sequestro de imóveis, 36 mandados de sequestro de veículos e embarcações que juntos ultrapassam a quantia de R$ 37 milhões, além do bloqueio de contas bancárias de 32 pessoas físicas e jurídicas investigadas com valores ainda a serem apurados.
Durante as buscas no Morro do Mocotó, na Capital, foram encontradas folhas de anotações do tráfico de drogas, substâncias similares à maconha e dinheiro em moeda. As apreensões ficaram a cargo de Polícia Federal no local.
A Agência de Inteligência do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) ainda efetuou a prisão de um homem no bairro Rio Tavares, em Florianópolis, investigado nesta Operação, que tinha em seu desfavor um mandado de prisão ativo. Já no Morro do Mocotó, na mesma cidade, constava também um mandado de busca e apreensão para o mesmo envolvido, o qual foi verificado a residência por outra equipe policial.
A Operação Facção Litoral iniciou com a análise de diversas apreensões de armas em rodovias do país, oriundas de Santa Catarina, dentre elas a apreensão pela Polícia Rodoviária Federal de 35 pistolas e seis fuzis, em um município na baixada fluminense, no Rio de Janeiro, em novembro de 2021. E, também, devido a importante apreensão de 700 kg de cocaína, 350 kg de maconha e 45 kg de crack.
Foi identificado durantes as investigações os crimes de lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis de alto padrão, automóveis de luxo e ocultação de patrimônio em nome de interposta pessoa.
Os investigados podem responder por tráfico de armas de fogo, tráfico de drogas, participação em organização criminosa, e também por lavagem de dinheiro.