Foi na manhã da última quinta-feira, 21, por volta as 8h30, quando estavam de serviço na Guarda do 8º Batalhão de Polícia Militar, em Joinville, que o 3º Sgt Mario Celso Barbosa e o Cabo Fernando Arnold Rocha avistaram duas mulheres subindo a rampa de acesso à unidade. Como elas vinham com um bebê nos braços, eles logo perceberam que supostamente se tratava de uma emergência.
A criança, nascida prematura, com apenas 24 dias de vida, estava cianótica e não respirava. Ela apresentava quadro de engasgo e obstrução de vias aéreas por corpo estranho e vinha sendo carregada pela mãe e pela avó.
Com isso, os policiais colocaram a menina em decúbito ventral e fizeram uma "tapotagem", visando desobstruir as vias aéreas. Com isso, a criança vomitou um pouco de saliva, chorou e voltou a respirar, sendo então encaminhada, em seguida, à Central de Emergência, para que pudesse ser avaliada por um médico.
Na sequência, ela foi conduzida ao hospital, pela ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), para um atendimento mais detalhado.
Segundo a mãe, Camila Eda, ela e a criança foram visitar a avó, que mora em frente ao 8º BPM. Quando chegou no prédio, ela percebeu que a criança, que estava no bebê conforto, não estava respirando. Com isso, ela simplesmente pegou a criança nos braços, atravessou a rua e veio ao batalhão, procurando ajuda.
“É uma situação bem atípica. Mas, com certeza, ficamos muito felizes em poder contribuir, mesmo não tendo o hábito de fazer esse tipo de atendimento ou treinamento específico na área", comentou o cabo Arnold. "É muito gratificante saber que ajudei a salvar a vida desta criança”, emendou.
Já na tarde da última sexta-feira, 22, os pais da Lívia foram até o 8° BPM para agradecer os policiais, por terem prestado o auxílio essencial. "Ela só tem 24 dias de vida e já pôde contar a Polícia Militar. Nossa admiração e gratidão a vocês!", agradeceu o pai.